domingo, 25 de maio de 2014

Madame Bovary - Gustave Flaubert


      Madame Bovary é um grande clássico do Realismo. Conta-nos a história de uma jovem na França, chamada Emma que, como muitas outras, tem a ilusão burguesa de uma vida de contos de fadas, cheia de romances e emoções. Charles Bovary é o típico homem burguês, preocupado apenas com seu trabalho (como médico) e com a família. Ele era casado com outra mulher e, ao fazer uma visita de consulta ao pai de Emma, apaixona-se por seu jeito meigo e sua beleza singular.

     Algum tempo depois, a esposa atual de Charles morre e, não muito tempo depois, ele casa-se com Emma. Seu amor por ela é interminável. Emma, de início, estava apaixonada por Charles e pela vida de luxo e de convívio com a alta sociedade que o casamento lhe proporcionaria. Infelzmente, Emma não se viu feliz ao cair na rotina do casamento.


     Gustave Flaubert nos mostra a extensa busca desta mulher por um mundo ideal criado por ela ao ler romances e mais romances. Emma acaba por conseguir um amante para substituir a emoção que lhe falta no matrimônio. Sempre sonhadora, o amor que sente por este outro homem é muito mais importante para ela do que outras obrigações; como a filha que tem com Charles ou suas funções na casa. Ela gasta seu dinheiro sem limites e faz empréstimos à toa. O amante apenas se divertia com ela e seus tolos exageros e, é claro, com sua beleza. Logo que se vê sufocado pelos desejos de Emma por mais emoções, por suas exigência incongruentes. Ele a deixa.

      Emma acaba arrumando outro amante e outras ocupações para preencher o vazio de sua vida. A trama se desenvolve em torno da incapacidade de Emma de enxergar o que ela já possui em sua própria vida. Apesar disso, Emma nunca se vê satisfeita e afunda em transtornos mentais que saõ alimentados por seus sonhos e ilusões de menina. O marido é inundado por dívidas, pois compra e faz toda a sorte de coisas para tentar fazer o amor de sua vida feliz.

    Também temos outros elementos da estupidez da vida burguesa, repleta de mesquinhez, como M. Homais (o farmacêutico) que, não importava a situação, tentava sempre arrotar conhecimento para alimentar o próprio ego. Um vendedor que utilizava sua lábia para afundar as pessoas em dívidas e aumentar ainda mais a própria fortuna.

      Enfim, a cidade em que eles vivem: Rouen, é completa de personagens com todas as características de futilidade da vida burguesa. Madame Bovary é um clássico que considero de leitura obrigatória, a leitura é fluida e podemos comparar todas as situações daquele século com a vida diária atual. Flaubert nos mostra que a mediocridade sempre está presente.

Nathaly M.

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