Brad nasceu com a
Síndrome de Tourette, uma doença neurológica que envia sinais indesejáveis para seu cérebro e faz com que ele diga ou
faça coisas involuntariamente. Ele não tem controle dos sons que produz e, quando
se sente estressado, os sintomas pioram surgindo alguns tiques mais fortes,
como “puxadas de pescoço”, mexer do braço, entre outros. Dede criança, quando
ainda não havia muitas informações sobre a doença, ele tem sofrido com o
preconceito de colegas de classe, professores e até mesmo diretores que não
conseguem acreditar que Brad não consiga evitar fazer os sons que faz e
atrapalhar a concentração dos colegas de turma.
Alguns deles até o forçaram a
deixar a escola por que o menino estava impossível de se lidar, achavam que era
apenas pertinência e petulância do garoto. Apesar de ter passado por vários
médicos, inclusive psiquiatras, foi a mãe do garoto que buscou incansavelmente
uma resposta. Ela precisava ao menos saber a causa, o nome, do que fazia com
que seu filho sofresse tanto, até mesmo com o pai que não conseguia aceitar a
deficiência do filho. Buscando em livros de Medicina, a mãe de Brad encontrou a
síndrome que encaixava com todos os sintomas do filho: Tourette.
Depois disso,
encontraram uma escola que o aceitasse, mas o sofrimento era o mesmo: mesmas
chacotas, mesmas advertências, mais do mesmo. Até que um dia o diretor desta
escola chama Brad ao palco depois de uma sessão da orquestra da escola (que,
vale notar, ele não queria ir, por achar que seus tiques estragavam a música)
em que o menino fez os mesmos barulhos de sempre. O diretor o chamou à frente e
deixou que a própria criança explicasse o porquê de suas ações involuntárias.
Tomado por uma grande admiração, desde esse dia, Brad decidiu ser professor e
passar o conhecimento e a formação como cidadãos críticos através de suas
aulas. Brad enfrenta, como previsto, uma série de dificuldades.
Ninguém
acredita que ele consiga ensinar com os barulhos que ele faz e seus tiques de
movimentos. Mas Brad nunca deixou que sua companheira constante (Tourette) o
vencesse, ao contrário, tornou-a sua maior aliada e um de seus argumentos como
filosofia de ensino. O filme é comovente e nos mostra em suas diversas
situações, como as pessoas tem dificuldade em se adaptar a situações que as
deixam desconfortáveis e/ou incomodadas. Traz-nos a lição de que “Está tudo bem
em ser diferente” e que essas diferenças acabam por fazer a maior diferença em
nossas vidas, dependendo de como escolhermos lidar com elas.
Nathaly M.