sexta-feira, 28 de março de 2014

Resenha: O primeiro aluno da classe




     Brad nasceu com a Síndrome de Tourette, uma doença neurológica que envia sinais indesejáveis  para seu cérebro e faz com que ele diga ou faça coisas involuntariamente. Ele não tem controle dos sons que produz e, quando se sente estressado, os sintomas pioram surgindo alguns tiques mais fortes, como “puxadas de pescoço”, mexer do braço, entre outros. Dede criança, quando ainda não havia muitas informações sobre a doença, ele tem sofrido com o preconceito de colegas de classe, professores e até mesmo diretores que não conseguem acreditar que Brad não consiga evitar fazer os sons que faz e atrapalhar a concentração dos colegas de turma. 

       Alguns deles até o forçaram a deixar a escola por que o menino estava impossível de se lidar, achavam que era apenas pertinência e petulância do garoto. Apesar de ter passado por vários médicos, inclusive psiquiatras, foi a mãe do garoto que buscou incansavelmente uma resposta. Ela precisava ao menos saber a causa, o nome, do que fazia com que seu filho sofresse tanto, até mesmo com o pai que não conseguia aceitar a deficiência do filho. Buscando em livros de Medicina, a mãe de Brad encontrou a síndrome que encaixava com todos os sintomas do filho: Tourette. 

    Depois disso, encontraram uma escola que o aceitasse, mas o sofrimento era o mesmo: mesmas chacotas, mesmas advertências, mais do mesmo. Até que um dia o diretor desta escola chama Brad ao palco depois de uma sessão da orquestra da escola (que, vale notar, ele não queria ir, por achar que seus tiques estragavam a música) em que o menino fez os mesmos barulhos de sempre. O diretor o chamou à frente e deixou que a própria criança explicasse o porquê de suas ações involuntárias. Tomado por uma grande admiração, desde esse dia, Brad decidiu ser professor e passar o conhecimento e a formação como cidadãos críticos através de suas aulas. Brad enfrenta, como previsto, uma série de dificuldades.

      Ninguém acredita que ele consiga ensinar com os barulhos que ele faz e seus tiques de movimentos. Mas Brad nunca deixou que sua companheira constante (Tourette) o vencesse, ao contrário, tornou-a sua maior aliada e um de seus argumentos como filosofia de ensino. O filme é comovente e nos mostra em suas diversas situações, como as pessoas tem dificuldade em se adaptar a situações que as deixam desconfortáveis e/ou incomodadas. Traz-nos a lição de que “Está tudo bem em ser diferente” e que essas diferenças acabam por fazer a maior diferença em nossas vidas, dependendo de como escolhermos lidar com elas.

Nathaly M.

2 comentários:

  1. Acho muito legal esses tipos de livros... de superação pessoal. Parece ser bem emocionante, nunca tinha escutado falar dele, vou procurar saber mais dele.

    adorei o blog e as resenhas. depois da uma passadinha la no meu.
    estou te seguindo.

    js Naty Rangel
    livrosdanatyyrangel.blogspot.com.br

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    1. Obrigada! Visitei o seu e também adorei!
      ;* Nathaly

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