domingo, 17 de abril de 2011

Choice

Quando Clarice contou à sua mãe que o curso para o qual prestaria vestibular era Letras, esta reagiu agressivamente, pois sonhava em ter uma filha médica ou advogada. Nada mudaria a opinião de Marta a respeito da escolha da filha.
Discutiram longamente. De um lado, a menina argumentava que sempre tivera talento para a escrita e tinha grande afeição pelo curso, do outro, a mãe - com sua opinião mesquinha - disse que investira muito na educação da filha para que ela escolhesse uma carreira tão insignificante e incerta quanto a de escritora. Observação realmente ridícula!
O embate continou. Marta pressionava a moça, perguntando que outros cursos ela preferia, talvez algum outro que tivesse baixa concorrência e, conseqüentemente, tivesse maior facilidade para ingressar. Que estupidez! Clarice foi para seu quarto e o trancou, a ignorância da mulher que lhe deu a vida era insuportável, passou a noite chorando. Até quando esta adolescente ficará privada de sua liberdade de escolha?
A garota pediu que a tia conversasse com Marta para convencê-la de que o melhor era que ela trabalhasse com o que realmente gosta, pois não adianta ter uma profissão renomada sem estar feliz com o que faz. A mãe, finalmente, aceitou a decisão da filha. Ah! Como seria bom se todas as mães respeitassem a liberdade de escolha dos filhos.

Nathaly M.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Fale,expresse-se, dê sugestões.