segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Sisos, pessoas que adoecem facilmente, ainda faltam dois!

Ok, vou contar minha jornada da semana passada começando, mais ou menos, três meses atrás.
Um belo dia eu estava olhando o interior de minha boca pelo espelho, por que? Porque eu faço isso, às vezes, não sou lá o que se diga a mais comum das pessoas. Enfim, estava eu inspecionando minha cavidade oral, quando percebi um mínimo orifício lá no final à direita.

Aquele frio na barriga, arrepio na espinha. Please God, don't let it be, please don't! Mas eram, eram os malditos sisos que começavam a nascer. Ok, eu sei que a maioria das pessoas tem que extrair os sisos. Mas eu esperava na mais profunda agonia da alma que eu fosse um desses sortudos evoluídos que nascem sem os sisos.

Mas não, infelizmente, não sou. Adiei por uns bons três meses, até que eles começaram a pedir pra sair, a despontar, a doer... Fui à dentista, super meiga, fofa e gentil e ela pediu que eu fizesse um raio-x panorâmico. Resultado: sou 1/4 sortuda, pois nasci sem um dos minidemômios.

Eu nesse momento.

A semana passou depressa demais e chegou o temido dia! Nesse meio-tempo, conversei com vários amigos que me relataram suas experiências: alguns diziam que doeu muito, outros diziam que só sentiram no pós-operatório; ou seja; varia de pessoa para pessoa. Mas um conselho foi unânime, tire todos de uma vez e evite a dor parcelada!

Ok, eu consigo fazer isso, certo? Vai ter anestesia, vai ser suturado, é muito melhor assim. Eu consigo, CERTO?



Errado. Fui ao consultório com a cara e a coragem pra extrair os três demônios de encruzilhada e sair de lá na paz da lidocaína, mas a realidade, meus irmãos, é totalmente outra. Começando pela anestesia: senti meu olho esquerdo piscar loucamente como se tivesse um cisco de uma tonelada nele, o olho direito não fechava mais. Certo, anestesias podem provocar isso, relaxei.

Ela fez o corte, não senti nada. Ela usou uma broca, não senti nada. Gente! Vou conseguir, vou extrair os três! Então ouço minha dentista dizer: "Fulana, traz a alavanca!" Hein? Ok, já vai sair, essa é a última parte, tá acabando.

Minha Nossa Senhora da Dor mais Insuportável o que foi isso? Quando ela fez a força pro dente sair, foi como se realmente eu estivesse sendo exorcizada, torturada ou algo do tipo. Gritei, gritei muiiito mesmo. E a dentista me perguntava por que eu gemia tanto, se eu estava com dor ou com medo. Eu não sabia o que dizer! Que papelão foi esse, eu, uma mulher, crescida dando esse chilique! Eu acho que era uma mistura dos dois, não sei. Até que o maldito saiu, era enorme.



Depois fui conversar com ela, pra me desculpar, pra pedir um esclarecimento, algo que justificasse a minha sessão de gritos como se eu estivesse nos Jogos Mortais. E sim, existia uma justificativa, aparentemente eu tenho uma ATM (articulação temporomandibular) sensível e, pra completar, o dente encostava no nervo quando saía.

Quando a extração terminou eu dei um suspiro de alívio e puxei o braço da dentista, sinalizando em forma de súplica que eu não iria extrair os outros dois.

Sei que não posso evitar por muito tempo, mas meu organismo não suportaria outra sessão dessas.

Obs.: Isso não acontece com todas as pessoas, foi uma experiência isolada. Converse com seu dentista, peça exames como tomografia também pra ver os detalhes dos nervos e a distância entre eles e os dente.

Nathaly M.
07/09/2015

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