terça-feira, 1 de junho de 2010

Temporada de nostalgia

Estou aqui mais uma vez, tendo que recordar a odisseia amorosa em que me envolvi desde o dia em que nos conhecemos, mesmo sabendo que não adianta, nada que eu recorde vai recuperar o que eu sentia.
Não tenho mais aquele sentimentalismo barato, chorar não adianta mais, a vida segue e está cada vez melhor. Mas por que nessa época do ano as lembranças vêm à tona? E, junto com elas, aparece você, com palavras efêmeras, mas o suficiente para embriagar-me de nostalgia....

Ah! É tão bom... E, ao mesmo tempo, tão ruim...

Eu sei que o sentimento não existe mais. Para que usar argumentos vagos se já sabemos onde tudo vai acabar? São apenas alguns dias - os mais esperados do ano - que passo mais perto do passado, ele me persegue e eu aceito tão contente essa realidade, como uma criança que recebe o presente mais desejado.

Já conheço teu jeito e teus segredos. Sei o que você quer de mim quando me procura com frases bobas, alegando saudade. Entro nesse jogo para não perder o costume de ver você tentar me envolver.

Essa não é a primeira vez que repetimos esse ritual. E, você sabe, tentei tantas vezes me desvencilhar desse karma, todas elas em vão. No entanto, eu percebia que jogos de amor e melancolia não cabiam mais nesse cenário. Estava na hora de mudar as regras e colocá-las a meu favor.

Ah! Como eu planejei esse momento...

O dia em que eu te usarei está chegando, uma pena que você não irá perceber que, durante o nosso momento trôpego, não haverá em mim resquícios de ilusão, remorso, dor. Não mais.

E então, quando nos despedirmos com um beijo ardente e dissermos aquela frase - Até a próxima, eu poderei retornar à minha vida sem lágrimas nos olhos. Não sentirei mais arrependimento por não ter despejado em você toda a mágoa acumulada durante três longos anos, pois consegui dissipá-la sozinha ao descobrir que eu tenho muito mais poder sobre mim mesma do que imaginava e que ninguém pode me fazer sentir inferior sem o meu consentimento.

Será prazeroso ver que aquela mistura de amor e ódio que pulsava em minhas veias ao te ver já não existe.

- Até a próxima.

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